segunda-feira, 3 de março de 2014

segulah, a moeda celestial




Já percebeu como nos sentimos bem ao dar um presente que a pessoa gosta ou precisa muito? É uma sensação de plenitude, uma das poucas e fugazes ocasiões em que nos sentimos saciados dando ao invés de recebendo.

Um kabbalista recebeu um livro de estudos, importantíssimo e caro, como  presente anônimo de algum outro kabbalista do seu grupo. 

Dentro do livro havia um cartão branco, com 2 palavras escritas à mão: THANK YOU.
O kabbalista que deu o precioso presente, a oportunidade do colega crescer, foi quem agradeceu.

Os kabbalistas sabem que há 2 mundos e em cada um deles um tipo de moeda. 

Cada ato de generosidade desinteressada ou favor prestado a alguem que precisa (Tsedaká) gera créditos em segulah, a moeda do plano espiritual. 
Assim, o kabbalista agradece a oportunidade de dar, de ajudar, e de por um breve momento ser um pouquinho mais parecido com o Criador, que só dá o tempo inteiro. (Olhaí, esse Cara deve ser sentir muuuuuuuito bem).

Este mercado tem outra caracteristica interessante, o seu tesouro de segulah não pode ser roubado, porque é um merecimento seu. Os bens conquistados no mundo material são sujeitos a todo tipo de impermanencia: roubo, falsificação, deterioração. 

O merecimento, a segulah, é o unico tesouro que voce junta e sabe que sempre será seu.
  
Isso é bem explicado no livro da Rabino Nilton Bonder, a Cabala do dinheiro, uma leitura leve e muito instrutiva que eu recomendo.

É claro que é preciso SABER dar. Como naquela estória, de que não se deve dar o peixe, mas ensinar a pescar, porque assim voce está dando oportunidade de crescimento ao outro, sem impor a ele freios ou parâmetros.


É dando que se recebe... da poupança celestial de segulah (que indica seu merecimento) é que saem coisas como curas, sorte, felicidade, ou seja: no fim, tudo o que voce pede a D´us na verdade tem que ser conquistado dia a dia na sua vida normal.

Outro ponto importante é o anonimato, porque se o ato de doação vira uma coisa que pode ser cobrada depois, ou tributada a alguém, ele já não é desinteressado

O mundo nada mais é do que um mercado de trocas, mesmo, de energias, de momentos, de Luz.....