segunda-feira, 30 de novembro de 2009

negócio de amor


Estou postando como li na minha comunidade do Orkut, não sei a fonte original, mas disseram que foi da seção de cartas no site de uma Revista Financeira americana.
Tem umas partes escritas em economês , mas com tradução simultanea...



Email da MOÇA:

"Sou uma garota linda (maravilhosamente linda) de 25 anos.

Sou bem articulada e tenho classe.

Estou querendo me casar com alguém que ganhe no mínimo meio milhão de dólares por ano.

Tem algum homem que ganhe 500 mil ou mais neste site?

Ou alguma mulher casada com alguém que ganhe isso e que possa me dar algumas dicas?


Já namorei homens que ganham por volta de 200 a 250 mil, mas não consigo passar disso.

E 250 mil por ano não vão me fazer morar em Central Park West.


Conheço uma mulher (da minha aula de ioga) que casou com um banqueiro e vive em Tribeca! E ela não é tão bonita quanto eu, nem é inteligente.

Então, o que ela fez que eu não fiz? Qual a estratégia correta? Como eu chego ao nível dela?"



Resposta de um RAPAZ:


"Li sua consulta com grande interesse, pensei cuidadosamente no seu caso e fiz uma análise da situação.

Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano. Portanto, não estou tomando o seu tempo a toa...


Isto posto, considero os fatos da seguinte forma:


Visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que você procura), o que você oferece é simplesmente um péssimo negócio.


Eis o porquê: deixando as firulas de lado, o que você sugere é uma negociação simples, proposta clara, sem entrelinhas :

Você entra com sua beleza física e eu entro com o dinheiro.


Mas tem um problema.

Com toda certeza, com o tempo a sua beleza vai diminuir e um dia acabar, ao contrário do meu dinheiro que, com o tempo, continuará aumentando.


Assim, em termos econômicos, você é um ativo sofrendo depreciação e eu sou um ativo rendendo dividendos.

E você não somente sofre depreciação, mas sofre uma depreciação progressiva, ou seja, sempre aumenta!


Explicando, você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos próximos 5 ou 10 anos, mas sempre um pouco menos a cada ano.

E no futuro, quando você se comparar com uma foto de hoje, verá que virou um caco.


Isto é, hoje você está em 'alta', na época ideal de ser vendida, mas não de ser comprada.

Quem a tiver hoje deve mantê-la como 'trading position' (posição para comercializar) e não como 'buy and hold' (compre e retenha), que é para o quê você se oferece...


Portanto, ainda em termos comerciais, casar (que é um 'buy and hold') com você não é um bom negócio a médio/longo prazo!


Mas alugá-la, sim!


Assim, em termos sociais, um negócio razoável a se cogitar é namorar.

Cogitar...

Mas, já cogitando, e para certificar-me do quão 'articulada, com classe e maravilhosamente linda' seja você, eu, na condição de provável futuro locatário dessa 'máquina', quero tão somente o que é de praxe:


fazer um 'test drive' antes de fechar o negócio...podemos marcar?"


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domingo, 29 de novembro de 2009

gratidão


imagem fofa da semana: a cadela toda queimada agradece ao bombeiro que a salvou

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

fim do mundo


Não aguento mais esta cultura de apocalipses diarios e rotineiros, este comercio de ideias apocalipticas sustentadas por pseudo cientistas e pseudo profetas.
Parece que o homem depende de saber que o mundo está para acabar para justificar sua existencia.

No ano 1000, milhares de pessoas na Europa abandonaram tudo que possuiam e começaram uma caminhada em grupo sem destino, uma cruzada dos desesperados, tudo porque os bispos diziam que o mundo não ia sobreviver ao ano 1000.
Na época da guerra fria, todo o mundo vivia todos os dias com a sombra do apocalipse nuclear sobre suas cabeças, e se juntassemos os misseis de ambos os lados, eles podiam destruir o mundo inteiro 400 vezes... quando bastava só uma!

No ano 2000 todo o mundo se viu alimentando histerias de que "alguma coisa" ia acontecer, puseram até a culpa no tal bug do milenio, que nem deu o ar de sua graça....


Agora tem a industria do 2012, dizendo que "Cientistas" juram que o calendario Maya vai se acabar dia 21 de Dezembro de 2012, e isso quer dizer o fim do mundo. Acho que tem mais sites na internet sobre 2012 do que sobre os problemas reais e atuais do mundo que os homens teriam obrigação e capacidade para resolver.
Cara, a folhinha daqui de casa acaba todo dia 31 de Dezembro e eu nunca vi acabar nada em sincronia com ela, nem dividas, nem problemas, quanto mais o mundo....
Daí começa um monte de gente a embarcar na teoria... fazendo falsas afirmações astrologicas de que haverá uma conjunção de planetas que nunca houve antes (mentiiiiira), afirmações de que haverá terremotos e queda de meteoros...

Lá no site do Inpe se vê que pequenos bolidos caem com frequencia sobre o planeta, muito mais frequente do que imaginamos, mas este "Êta planetão" grandão tem muito chão para eles caírem então nunca coincidiu de acertarem alguma coisa significativa. Mas podem. Hoje mesmo, ou a qualquer momento. Eles não costumam olhar o calendario antes de cair, eles simplesmente caem.
Astronomicamente, a possibilidade de um planeta chegar perto da Terra e colidir com ela é tão remota quanto a de que um vulcão exploda para dentro.

Terremotos... TODO dia há um terremoto em alguma parte do "Êta planetão" grandão. Podem ser mais, ou menos intensos, em locais mais, ou menos populosos.... e eles tambem não olham o calendário.

Profecias... já repararam que voce pode pegar a frase de uma profecia e encaixa-la em qualquer coisa que queira, com um pouco de criatividade?
Já cansaram de fazer isso com Nostradamus, com São Malaquias, com o Apocalipse de João...


e o que vai acontecer na verdade é que eles vão ter que encaixar alguma outra coisa nas profecias em Janeiro de 2013... e ainda por cima com aquela cara de bunda porque o mundo não acabou!

Porque os homens teem essa necessidade de saber quando o mundo vai acabar, o que muda na vida deles? Eles vão largar o emprego dia 20 de Dezembro de 2012? Vão abandonar os lares, a vida que construíram? A vida deles vai ter mais significado ou importancia porque o mundo vai acabar?

Essa ansia escatológica é velha, acho que nas cavernas tinha um ogro que olhava pra fora todo dia e dizia "mundo vai acaba, mundo vai acaba, sol desaparece..."

Quem fez a edição da Biblia no concilio de Niceia devia ser descendente deste ogro, porque manteve o livro do Apocalipse, extremamente confuso, sem nenhuma mensagem moral ou ideologica positiva... e ele vem sendo reimpresso, e reimpresso, e continua sem ninguem entender o que ele diz, mas inventando a cada 50 anos novos significados para as bestas de 7, de 10, de trocentos chifres que ele cita. Sabe Deus (literalmente) que tipo erva tinha em Patmos, onde João foi exilado e escreveu o dito livro...

de tanto insistir em tentar, uma hora eles acertam....



terça-feira, 24 de novembro de 2009

poder das mulheres


Dia cinzento, não dá pra fazer muita coisa....



Hoje de manhã estava lendo o eterno livro de Kabbalah, aquele que já faz 20 anos e ainda não entendi tudo o que devia...

Depois de tanto tempo, tantas releituras e de sublinhar o livro quase inteiro em cores diferentes (mea culpa, eu escrevo em livros!), é impressionante que de repente surja uma revelação, uma nova observação, uma nova questão a ser trabalhada.... mas kabbalah é isso, um assunto para se estudar a vida toda, e depois continuar na proxima.


Notei que na Arvore da Vida, o esquema basico do universo de acordo com a kabbalah, a esfera relacionada a Vênus fica no lado masculino (ativo - polaridade positiva) e a esfera relacionada a Marte fica no lado feminino (passivo - polaridade negativa).

Raios! uma discrepância de raciocinio tão flagrante...


Se formos pensar bem, o arquétipo feminino só é fragil quando convem.
As mulheres amadurecem mais cedo, teem maior tolerancia à dor e ao desespero, e em relações bem estabelecidas conduzem o relacionamento, ainda que de forma velada (não sei, no entanto, como fica isso nessa nova era de ser "ficante", "peguette" e "estar pegando"...).

O fato é que em relações duradouras em geral a mulher comanda o andamento da casa, da vida, da rotina, da vida social e dos objetivos.

As deusas antigas, cada uma delas a personificação de um tipo de mulher ou de uma circunstancia, todas elas teem mais força do que fragilidade, seja o arquetipo da donzela, da mãe ou da anciã.
Hera, Athena, Hecate, e a própria Afrodite, todas elas tinham o poder de decisão nas mãos, e muitas vezes ludibriaram Zeus, o cara que "se achava", o "pegador".


O outro pólo, Marte e o arquétipo da masculinidade, vistos de outra forma, encerram a força bruta, mas que em geral é comandada, dirigida. Nenhum soldado tem autonomia. Mesmo os generais têm um comandante em chefe. É a força que precisa estar sob controle para ser produtiva, do contrario a beligerancia é destrutiva.

É perceptível que ao morrer a mãe o lar se esfacela, enquanto que se morrer o pai o lar ainda continua unido e funcional.

Não estou aqui fazendo a apologia do feminismo, porque acho isso idiota, estou apenas analisando porque a sabedoria tão antiga e abrangente dos kabbalistas colocou a mulher e a feminilidade como o poder de ação e de criação, e o homem e a masculinidade como o poder da reação e destruição.
Acho que desde a adolescencia as iniciativas nos relacionamentos estão nas mãos das mulheres, ainda que de forma disfarçada.

Enfim, uma certa estrofe de uma das minhas músicas preferidas passou a fazer todo sentido:



DONA (Roupa Nova)
composição: Sá & Guarabira

Dona desses traiçoeiros sonhos, sempre verdadeiros
Oh Dona, desses animais, Dona, dos seus ideais

Pelas ruas onde andas, Onde mandas todos nós
Somos sempre mensageiros, Esperando tua voz

Teus desejos, uma ordem, Nada é nunca, nunca é não
Porque tens essa certeza, Dentro do teu coração

Tan, tan, tan, batem na porta, Não precisa ver quem é
Pra sentir a impaciência, Do teu pulso de mulher

Um olhar me atira à cama, Um beijo me faz amar
Não levanto, não me escondo, Porque sei que és minha Dona!!!

Dona desses traiçoeiros, Sonhos sempre verdadeiros
Oh! Dona desses animais , Dona dos seus ideais

Não há pedra em teu caminho, Não há ondas no teu mar
Não há vento ou tempestade, Que te impeçam de voar

Entre a cobra e o passarinho, Entre a pomba e o gavião
Ou teu ódio ou teu carinho, Nos carregam pela mão

É a moça da Cantiga, A mulher da Criação
Umas vezes nossa amiga, Outras nossa perdição

O poder que nos levanta, A força que nos faz cair
Qual de nós ainda não sabe, Que isso tudo te faz

Dona!
Oh Dona...
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musica do céu















Mosteiro de São Bento - São Paulo
( no site do mosteiro há uma visita virtual)

Novamente a sincronicidade...hoje na caminhada uma senhora comentava que apreciava o canto gregoriano, logo em seguida recebo um email de um amigo rosacruz lembrando dos tempos em que íamos à missa de domingo no Mosteiro de São Bento, no coração de São Paulo, só para ficar de olhos fechados ouvindo aquela música que vinha do céu.

Saudades de Sampa, é uma cidade única em vários aspectos.

Não é preciso ser católico para apreciar e sentir o enlevo a que o canto gregoriano nos remete.... é uma coisa visceral, sentida desde o primeiro som, um arrepio que persiste, uma onda de surf que leva para cima, para as nuvens, e quando a gente sai parece que está mais leve....

Ah, e eles não são bons apenas na cantoria, não... na padaria do Mosteiro se fazem delicias inigualáveis, pão de mel recheado com damascos e o inesquecível bolo Dom Bernardo, que vem numa caixa linda, excelente presente de Natal.

hummmmmmmm
.... *suspiro*

aqui vai um tira gosto:

canto gregoriano Stabat Mater

explicações sobre o canto gregoriano


Ah, para quem estiver em Sampa, a missa cantada é aos domingos, às 10hs, mas é bom chegar bem cedo para conseguir um lugar para sentar.
(Se bem que eu sempre chegava cedo, sentava, e na hora da missa começar aparecia alguma velhinha de pé do meu lado, e eu acabava cedendo o lugar... risos.... não falhava NUNCA!
sempre desconfiei que elas ficavam de tocaia....)


o elo perdido


Estava lendo sobre os primatas e hominídeos que se supõe que resultaram no homem moderno (supõe porque até hoje ninguem encontrou um fossil que fizesse esta transição, o tal do elo perdido).

Na verdade a figura acima é propaganda enganosa, porque da esquerda para a direita, até o terceiro primata é uma especie ( neandertal), e do quarto em diante outra especie ( Cro Magnon, homem moderno), não representam evoluções de uma mesma espécie.

Sempre me pareceu que o buraco é mais embaixo, esta coisa de elo perdido não é a pergunta mais importante. Se na teoria da evolução das espécies de Darwin se propõe que todo órgão que não é utilizado se atrofia, e que órgãos que são super utilizados se hipertrofiam e se transformam ao longo das gerações em instrumentos mais específicos, então COMO o cerebro dos homens pré historicos sempre foi maior e muito mais capaz do que eles
tinham necessidade, e nunca se atrofiou?
Ainda hoje, no homem
moderno, se calcula que sejam usados apenas 40% das capacidades do cerebro, e ele continua ali, firme e forte, dezenas de milhares de anos depois, sem ser usado e sem se atrofiar!

Num site educativo encontramos as seguintes definições:

Evolução dos hominídeos: Uma característica da evolução dos hominídeos foi o progressivo aumento do volume do cérebro em relação ao corpo. A relação entre o volume do cérebro e a altura de um indivíduo moderno é duas vezes maior que a de um australopiteco. Para comportar cérebros maiores, o crânio lentamente mudou de formato, tornando-se mais alto e perdendo o achatamento frontal.O aumento relativo do cérebro habilita o exercícios de novas funções, como a concentração, a retenção na memória, além de controles neuromusculares mais complexos e eficientes.

Eles estão supondo aí que o cerebro e a caixa craniana se desenvolveram porque o cerebro passou a ser mais usado.


Ora, nos CroMagnon , que já "apareceram" na linha evolutiva com a aparencia dos homens modernos e lentamente levaram os neandertais à extinção, a caixa craniana já era igual à dos nossos dias, e com certeza o cerebro era bem menos utilizado do que hoje, no entanto o cerebro deles não se atrofiou no ultimos 30.000 anos. Porque o cerebro enquanto órgão não segue a lei da evolução como todos os outros órgãos?













misteeeeeeerio.......



PS. O cromagnon aí de cima, com a lança, não é cara do Cristopher Lambert?
Já existia o Highlander!

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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

imagens

comecei este tópico para registrar imagens, daquelas que falam por mil palavras....

a foto fofa da semana



"anda logo Romeu, não vou aguentar muito teeeempooooo"

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domingo, 22 de novembro de 2009

expectativas


Desde muito cedo, ainda na barriga de nossas mães, somos alvo de expectativas. Ele vai ser médico, ou jogador de futebol..... ela vai fazer balet. Sempre muito dificil de atingi-las, alguns de nós vivemos crises de insatisfação ou de insuficiencia em várias fasese de nossas vidas.
Depois vêm as expectativas da sociedade sobre nós. Faculdade, carreira, situação financeira, bens... e continuamos acorrentados ao que os outros esperam de nós, continuamos nos sentindo ineficientes, porque nos comparamos com o que os outros são ou teem, carregando cada vez mais peso nas bolas de ferro da expectativa.

Depois, sem perceber, começamos a colocar expectativas sobre os nossos filhos, repetindo sobre o ombro deles os mesmos fardos que carregamos.... isso sem contar as mães de palco que querem fazer das filhas as bailarinas, atrizes e socialites que não conseguiram ser!

Uma vez li que no Japão existe um alto indice de suicídio de jovens ao redor dos 18 anos, fase em que teriam que ingressar numa faculdade, sem contar que a sociedade japonesa já é naturalmente organizada de forma a fazer duras cobranças sobre as pessoas.

Ontem, por acaso, achei uma anotação que fiz num marcador de livro, nem sei quantos anos atrás, e hoje, por "sincronicidade", ela foi mencionada numa comunidade do Orkut de que sou membro... a Oração da Gestalt, por Fritz Perls.

pode parecer egocentrica, ou desanimadora, mas se for levada a sério, LIBERTA.

" Oração da Gestalt
Fritz Perls

Eu faço minhas coisas, e voce faz as suas.
Eu não estou neste mundo para viver as suas expectativas
e voce não está neste mundo para viver as minhas.
Voce é voce, e eu sou eu.

Se por acaso nos encontrarmos, será ótimo!
Senão, nada se pode fazer. "


Outra frase que tambem estava anotada no marcador de livros, da qual não registrei a autoria:

" Se voce ama alguma coisa, deixe-a livre.
Se voltar, será sua, senão, é porque nunca foi."


Viva e deixe viver.

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sábado, 21 de novembro de 2009

linguagens


Linguagens existem no nosso Universo em toda parte, mesmo entre animais, e refletem até certo ponto o grau de evolução.
Além das palavras e línguas diferentes, existem outras trocas de informação e raciocínio que se fazem através de sinais, sons, gestos, e tambem são linguagens.
Existem línguas curiosas em termos étnicos, como a Basca, de que ninguem sabe a origem; a dos povos Karajás do brasil, em que homens e mulheres falam idiomas diferentes.
Existem línguas interessantes em termos de variedade, como o Silbo Gomero, uma língua complexa de assobios com que os habitantes das Ilhas Canarias se comunicam nas montanhas.
Existem línguas criadas artificialmente, como a linguagem dos sinais para surdo-mudos, línguas que misturam idiomas diferentes como a Língua Geral do Brasil colonial, o Esperanto moderno, a lingua do P da nossa infancia, as gírias e as linguagens da informática e das ciencias, como o economês.
Existem linguagens que são básicas, e formam todo o conjunto de conhecimento do Homem,como a matematica e a musica.
E existe a linguagem corporal, a expressão do pensamento e das emoções através do corpo, da postura, das atitudes.
A linguagem simbólica, embutida na Mitologia e em outras artes e ciencias, inclusive nos logotipos.

Tantas línguagens, mas e a comunicação?

Comunicação é uma coisa diferente de falar uma língua. A gente se comunica com pessoas proximas pelo olhar, pelo tom. Conhecer um texto não significa compreende-lo em todo seu potencial.
Os mal entendidos e erros de comunicação são a cruz da linguagem, seu pior pesadelo.

Qualquer que seja a linguagem utilizada, ela depende de 3 estágios de absorção para que seja efetiva:

- conhecimento
- compreensão
- sabedoria

Se eu disser: "mais forte que a madeira mais nobre é o bambú, que sabe se vergar diante dos ventos e sobrevive", um velho aforismo taoísta, pessoas diferentes podem:

- conhecer o ditado e repeti-lo, escreve-lo, le-lo
- compreender a metáfora / alegoria implícita, de que o homem radical é a árvore, e o homem sábio o bambu
- atingir a sabedoria que o texto contem, aplicar esta sabedoria em sua vida e suas relações com outros homens, ser flexível e persistente.

Uma criança, bombardeada pela mídia, pode conhecer e decorar a letra de uma música funk de conteudo erótico, e repeti-la sem compreender o que está dizendo.
Um adulto acadêmico pode ler centenas de livros sobre um tema, resenha-los, comenta-los, mas nada garante que extrairá dali alguma sabedoria que o transforme em uma pessoa melhor.

O mesmo se aplica à Bíblia, ao Al Corão e tantos outros textos que fundamentam fés, segregações e até guerras. Há pessoas que os decoram e repetem como papagaios, certas de que estão falando A verdade, sem nem entender em que contexto ela se aplica. Há pessoas que fazem deles tema de estudo acadêmico, analisando a grafia, gramatica, tradução, edições...
Estes textos antigos passaram por tantas traduções erradas, versões e edições que os mutilaram, deformaram, modificaram, que não se sabe qual é a verdadeira afirmação que a linguagem original fazia.
As pessoas deviam pensar nisso antes de tomar como sentenças tudo que está contido ali, deviam ter certeza que "alcançaram" o conteúdo e a intenção original de quem escreveu, a sabedoria.


Linguagem não adianta nada sem sabedoria, e pode ser crucificada e sepultada rapidinho por um mal entendido.

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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

geometria natural




















Hoje em dia é comum ouvir falar de fractais, que são equações matemáticas que originam formas geométricas quase identicas
às formas que a naturea cria. É como se um matematico tivesse descoberto o modelo da criação, e pudesse usa-lo agora até mesmo para fazer arte.


Nas equações dos fractais se encontra o modelo de organização das células nos tecidos, das escamas nos repteis, da forma das folhas e ramos de todo o reino vegetal, da clivagem dos cristais, das moléculas de DNA, do crescimento dos seres vivos, da VIDA, do nosso UNIVERSO!

Antigamente, Pitagoras disse que Tudo é Numero, mas nas fases iniciais do conhecimento a geometria se prendeu à noção Euclidiana de que havia eixos fixos, padrões exatos e desconhecia o poder de auto criação e auto reprodução de certas formas geométricas.
Eu diria que TUDO é GEOMETRIA.

Como custo a crer que os círculos das plantações que aparecem todos os anos na Inglaterra ( cada vez com desenhos mais sofisticados e bem executados) possam ser realmente feitos durante a madrugada, por 2 fazendeiros meio bêbados puxando pranchas de madeira e cordinhas (!), de repente pode haver algum efeito fractal que se materializa ali naquele ponto, talvez como se fosse acupuntura no planeta.


Abri este tópico para discutir o poder que as formas geométricas possuem de armazenar, modificar, gerar e neutralizar energias, e para coletar informações sobre locais onde estas formas existem e operam.
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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

flor borboleta



Estas fotos foram tiradas hoje de manhã, quando as primeiras flores abriram depois que a árvore quase morreu e teve que ser radicalmente podada meses atrás. O assessor para assuntos agronômicos gentilmente identificou o problema com o nome de "galha" através da foto acima, e de agora em diante ela será pulverizada com remédio natural.

A flor é uma cópia exata de uma borboleta, até com as antenas, em 2 tons de azul, e dá em cachos com grande número de flores.

O nome dela é uma coisa assim impronunciável, já citado aqui, então ficou flor-borboleta mesmo.... e como cachorro de pobre, ela já atende pelo apelido.
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banco de igreja





Esta sequencia de fotos representa uma visão circular que eu tenho do meu banco de igreja... da esquerda total (primeira foto) até a direita total (quarta foto).

Uma vez Einstein disse, quanto a religiões: "O ideal será o dia em que existirem tantas religiões quanto homens na Terra".
Modifico as palavras dele para definir minha crença: " Posto que Deus é único, seja lá qual o nome pelo qual o chamem, o ideal será o dia em que existirem tantas igrejas quanto homens na Terra."
Cada um vê Deus em lugares diferentes, fala com ele de jeitos diferentes e sem precisar de intermediários, e cada homem em si é um templo, um círculo sagrado, um altar, portanto em qualquer lugar que ele se sentar para contemplar Deus, estará em um banco de igreja, porque afinal Deus está em toda parte, em cada criatura, no vento que sopra o rosto e na chuva que molha a terra.

Os povos nativos norte americanos têm uma crença interessante, de que cada homem tem seu "lugar de poder". Um lugar de poder é onde ele percebe Deus, se comunica com ele e pode buscar orientação e fortalecimento. A água corrente sempre foi reconhecida como fonte de poder ( mais intenso ainda em cachoeiras), e a natureza, o verde, vibram o poder maior, o do crescimento, nascimento, variedade, vitalidade e permanencia. Porisso na grande maioria das vezes as pessoas que são sensíveis percebem locais de poder onde há água em abundancia, muito verde e pequenas criaturas da natureza.

Nas caminhadas diarias, lá no fim da outra margem do rio, existe um barranco, onde fizeram um banco de madeira para os pescadores se sentarem.
Lá é meu "lugar de poder", minha "igreja", o lugar onde para qualquer lado que eu olhe eu vejo Deus e me sinto amparada.
No inverno, lá pelas 6 da manhã, a neblina cobre tudo e não se consegue nem ver o banco... e fico ali sentada, até o véu branco e sutil da neblina revelar de novo as imagens da margem oposta e das árvores altíssimas.
Agora no verão a qualquer hora em que se caminhe o sol castiga, e o banco representa o refresco, a sombra e a proteção para um descanso breve, um momento de oração ou algum tempo de leitura. Na época de calor as aves estão muito mais presentes, todo tipo de canto é ouvido ao mesmo tempo, os cachorros que ficam soltos na rua descem até o rio de manhã e tomam banho, brincam na água e saem felizes.

Esta manhã eu lia no meu banco de igreja sobre o Terceiro Arcano do Tarô, a Imperatriz, e estudava o desenho da carta. Sentada num trono próximo da água, ela representa a união dos opostos, macho e femea, positivo e negativo, que produz em todas as instancias da natureza a geração de vida, de matéria e a sobrevivencia. Ela é representada como uma rainha madura, de cabelos longos, vestida de verde, segurando nas mãos um cetro feito de um galho rústico de árvore, com pássaros voando ao redor da sua cabeça e pequenas flores brotando aos seus pés e lhe adornando os cabelos. Olha com confiança para a frente, encarando o espectador da carta, disposta a lhe revelar soluções e lhe dar esperança no meio daquele mundo tão completamente verde, vivo, com sons e cheiros que só existem ali.
Na árvore da vida da kabbalah, a Imperatriz fica na "trave" horizontal que une Chockmah e Binah, os princípios masculino e feminino com os quais se criou o mundo e cuja união constante o mantem.

Aquela trave ou aquele trono se parecem demais com o "meu" banco.

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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

tempero e destemperos


Temperos são uma das coisas que dão cor, alem de sabor, à vida.
Cada casa, cada família, cada restaurante tem seu tempero próprio, um repertório formado com o passar dos anos.
Nas diferentes regiões do mundo se toma chá com açucar, com leite, com pimenta e com sal. O comércio de especiarias moveu o mundo durante milhares de anos, elas eram tão raras e caras que eram guardadas em cofrinhos como jóias.
Sempre reparei que a comida das pessoas reflete em boa parte seu próprio temperamento, como qualquer outra criação artística reflete seu criador.
Talvez a similaridade entre as palavras TEMPERO, TEMPERAMENTO e DESTEMPERO não seja casual.

Nós, descendentes de portugueses, espanhois e italianos, fomos criados num repertório de azeite de oliva, manjericão, salsa, cebola, alho, tomate, orégano, alecrim, louro, pimentão e o vinha d´alhos, o sabor mediterrâneo. Ainda nós, descendentes de árabes e povos das tribos, conhecemos o aroma do hortelã, gergelim, cravo da india, cominho, açafrão. O perfume da comida nas casas de nossas avós e mães ainda fica na lembrança, décadas depois.

Em muitos lugares, hoje em dia a comida tem um sabor padrão. Na tentativa de estandartizar a qualidade das refeições e agradar a todo tipo de consumidor, serve-se arroz sem gosto, feijão sem tempero, uma comida que não tem perfume. Nada melhor que a comida caseira, ou um restaurante onde servem comida com sabor de caseira.
Se for de fogão a lenha, melhor ainda, porque o aroma da fumaça dá outro sabor. No caso dos especializados, a comida árabe tem que ter gosto de comida árabe, a portuguesa, idem....

A forma como as pessoas temperam comida pode ser muito reveladora....
- as pessoas muito intransigentes em geral carregam no sal, põe mais sal na comida já pronta, como se o sal fosse deixar o mundo mais mineral, mais sólido, a comida mais coerente e a vida mais previsível. Em geral elas detestam a mistura do doce com o salgado num prato.
- as pessoas muito emocionais misturam muitos temperos, a ponto de ficar o sabor confuso, nunca sabem qual o sabor que predomina, que dá o tom, onde fica o norte da bússola...
- as pessoas desastradas na cozinha, como eu, nunca repetem o sabor de um prato, porque vão pegando uma coisinha aqui e outra ali na hora de cozinhar...cada refeição é uma aventura! ( uma pessoa destas abrir um restaurante seria a morte....) aliás, nunca misturem curry com hortelã. Nunca.
- muita gente tem declinado do açucar, seja por que razão for, tanto no café quanto na alimentação geral... mas a vida tem razão de ser, sem açucar? sem mel? sem uma reunião familiar na cozinha em volta de um bolo ainda morno?
- certas ervas são muito ou pouco usadas em determinadas regiões... o coentro, por exemplo, no nordeste do Brasil é muito usado, enquanto aqui no sudeste se usa mais a salsinha verde. Cada casa no interior tem seu cantinho onde as ervas estão vicejando, vendo o tempo passar enquanto a familia cresce, a vida acontece, os Natais e reuniões se seguem.

...mas e a pimenta? a vida pode existir sem pimenta, tanto no sentido culinário quanto no sentido alegórico? Certas comidas e pessoas sem pimenta passam em branco. Cada povo tem seu tipo de pimenta preferida, tambem, bem de acordo com seu temperamento... e com os seus destemperos!

Temperos podem ser plantados em qualquer potinho, até mesmo nas micro varandas dos apartamentos de hoje.
Ver o alecrim florescer foi uma descoberta...

Enfim, os temperos que cada um usa são um repertório, uma coisa que é ampliada conforme vivemos e conhecemos outras formas de cozinhar, de viver e de ser... exatamente como nós, que vamos sendo mudados, moldados e temperados pela vida.

já os destemperos.... são um caso à parte

...e eu sigo aqui no retiro sonhando um dia ter um pé de louro e um fogão de lenha no quintal, apreciando o cheiro da erva doce no bolo de fubá ainda quente.

neste site existe uma lista completa de todos os temperos e sua indicação... vamos praticar.

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terça-feira, 17 de novembro de 2009

A Sombra e a Escuridão

(.... ah...
estou enforcando ele só um pouquinho, mãe.... )



Lembram de um filme em que uma estoria real é contada, sobre dois leões que caçavam seres humanos durante a construção de uma estrada de ferro na África?
Se chamava A Sombra e a Escuridão.

Pois bem tenho razões para crer que estes 2 leões reencarnaram em dois gatinhos brancos, lindos, só para disfarçar.

Este são o Talismã (depois Tatá, depois Tatanás) e A Fortuna (Tutu), ambos achados na rua ainda em São Paulo, e embora sejam identicos, não são irmãos como todo mundo pensa. (coisa de albinos)

Exatamente com os dois leões do filme, eles trabalham em dupla, enquanto um sobe o outro puxa, um segura o saco de mercado para o outro furar, um puxa a coberta para o outro entrar embaixo... eles comem juntos, dormem juntos (em cima de mim), brincam de lutar (como na foto de baixo, que voces podem não visualizar bem porque estão camuflados sobre um pano branco)... mas eles são muito diferentes.
Enquanto o Tatá (esquerda) é dócil e carente , a Tutu (direita) é meio assim histérica. Por qualquer coisa ela rosna, morde, arranha.. no dia de cortar unhas quando eu acabo as dela meu braço já está todo riscado e eu resmungando: "e dizem que dragões estão extintos...."

É interessante como os animais, da mesma forma que as pessoas, são individualidades. Eles podem ser todos gatos, mas cada um tem sua própria personalidade, sua forma de amar e de viver. E se eles podem conviver com suas diferenças, porque não poderíamos nós?
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sábado, 14 de novembro de 2009

aceleração do tempo

Recebi ontem de uma amiga um PPS com um texto de Leonardo Boff, trazendo uma possível explicação para esta sensação que todo mundo sente, de que o tempo está acelerado e os dias já não teem as 24 horas que tinham antes.

Embora esta sensação esteja presente e clara nas mentes de todos, deve-se ter muito cuidado com todo tipo de explicações "científicas" divulgadas pela internet. Lembram-se do ultimo post, onde a receita infalível para uma "bomba" na internet era pegar afirmações de um cientista qualquer e encaixa-las na sua teoria...

Bem, este é um dos casos, a tal Ressonancia Schumann existe, de fato, mas as variações que apresenta não teem o padrão citado no texto espalhadopela net, nem são anormais, e nem poderiam de forma alguma encurtar nosso dia de 24 para 16 horas.

Colo aqui o texto de Mario Barbatti, meu cético favorito, do site Defenestrando Idéias , onde o texto completo com gráficos pode ser lido.


"Ressonância de Schumann: Quando o holismo se tornou reducionista

Ressonâncias de Boff


Recebi há alguns dias um texto de Leonardo Boff a respeito de uma tal de Ressonância de Schumann. O texto fora publicado originalmente no Jornal do Brasil, em 05/mar/2004. Confesso que até então nunca havia ouvido nada sobre esta tal ressonância, mas Boff a apresentava como uma daquelas panacéias magníficas capaz de explicar os mais variados fenômenos naturais e sociais. O suficiente para despertar a minha curiosidade.
Em seu parágrafo mais contundente, Boff afirma:
"Por milhares de anos as batidas do coração da Terra tinham essa frequencia de pulsações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico. Ocorre que a partir dos anos 80 e de forma mais acentuada a partir dos anos 90 a freqüência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz por segundo. O coração da Terra disparou. Coincidentemente desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: perturbações climáticas, maior atividade dos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros.
Devido a aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas teria base real neste transtorno da ressonância Schumann."

O leitor cético já percebe de imediato que há coisa demais neste caminhão e vale a pena tentar descobrir um pouco mais sobre o assunto.
Uma pesquisa por "ressonância de Schumann" ou "Schumann resonance" no Google, revela centenas de endereços em português e, claro, dezenas de milhares de outros em inglês. A maior parte das páginas que visitei reforçam a idéia de Boff de que as alterações na tal Ressonância é a responsável pelas dissonâncias em nosso mundo. Encontrei explicações sobre tudo, das mudanças climáticas globais aos atentados terroristas.
Descobri até que por módicos 249,95 dólares, pode-se comprar um simulador de ressonância de Schumann para toda a casa, ou um para carregar no bolso ($ 169,99). Curiosamente, entre as páginas em português, boa parte delas apenas comentava o artigo de Boff.
Repita a pesquisa no Scirus que é uma ferramenta de busca mais restrita às páginas de instituições científicas, e ainda encontramos duas mil respostas. Mas agora o foco muda. A maior parte das páginas parece discutir questões geofísicas do planeta.
Então, vamos olhar no Web of Science. Para usar esta ferramenta é necessário estar conectado a partir de uma instituição que assine o serviço. O Web of Science retorna somente artigos publicados em revistas científicas indexadas. Agora temos apenas 47 respostas. Destas, apenas duas mencionam alguma correlação entre a ressonância de Schumann e o ser humano, referindo-se a dois artigos do cientista ambiental Neil Cherry em obscuras revistas. O fato de haver tão poucas referências qualificadas a respeito da suposta influência da ressonância de Schumann sobre os seres humanos, também é uma boa indicação de há algo errado.

Um pouco de física

A radiação solar e outras fontes cósmicas quando atingem nosso planeta, colidem com as moléculas das camadas superiores da atmosfera. Estas moléculas excitadas com a energia da colisão,perdem um ou mais elétrons e adquirem uma carga elétrica total diferente de zero. Esta camada de moléculas ionizadas, com o óbvio nome de ionosfera, tem cerca de 500 km de espessura e fica a cerca de 50 km de Entre a superfície onde estamos e a ionosfera há uma diferença de potencial de 50 mil Volts. De forma simplificada, o planeta assemelha-se a um capacitor esférico. Uma das placas é a superfície, essencialmente metálica, da Terra. A outra, a ionosfera. Entre as duas está uma grossa camada isolante (dielétrica) de ar. A radiação eletromagnética permanece presa entre estas duas placas propagando-se ao redor do planeta como ondas. Num regime estacionário, que ocorre quando não se espera variação abruptas de campos eletromagnéticos, estas ondas vibram com uma certa freqüência de ressonância, que é a chamada ressonância de Schumann.
Como a circunferência da Terra é de 40 mil km, as ondas eletromagnéticas, que se propagam a 300 mil km/s, podem dar 7,5 voltas no planeta em apenas um segundo. Isto estabelece o valor básico para a freqüência de ressonância em 7,5 Hz. As medições mostram que a freqüência fundamental de Schumann tem um valor de 7,8 Hz, bem próximo ao que grosseiramente estimamos acima. Mas a radiação eletromagnética também apresenta outros picos de ressonância em 14, 20, 26, 33, 39 e 45 Hz. Assim o mais adequado seria falar de ressonâncias de Schumann.

... A certa altura ele (Bof)afirma:

Empiricamente fêz-se a constatação que não podemos ser saudáveis fora desta freqüência biológica natural. Sempre que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da ressonância Schumann, adoeciam. Mas submetidos à ação de um "simulador Schumann" recuperavam o equilíbrio e a saúde.

Não é necessário ser um cientista para ir até o site da Nasa e fazer uma consulta sobre esta afirmação tão surpreendente. Ao constatar que não há uma uma única palavra sobre o assunto, Boff poderia desconfiar que esta informação "simulador Schumann" não era muito confiável.


Curiosamente é até possível que as freqüências de Schumann tenham algum efeito sobre os seres vivos. Afinal, somos produtos de bilhões de anos de evolução, nos quais os ambientes terrestres exerceram forças fundamentais. Mas entre afirmar, em geral, que certo fator pode ter uma influência, e afirmar que ele é o responsável por todas as mazelas humanas, vai uma distância considerável.
Mario Barbatti.
"



Bom, como eu já disse várias vezes, na internet, as páginas bem feitas, com efeitos visuais e outros artifícios, podem nos levar a crer que o que dizem é verídico.

A ciencia hoje em dia está tão avançada, que nenhuma teoria pode ser comentada e resumida em um ou dois parágrafos, e nenhuma tambem explica todo tipo de problemas.
Mais do que nunca, é preciso saber filtrar numa pesquisa quem e o que é serio, e pode ser levado em conta, e ter cuidado com afirmações feitas por pessoas sem nenhuma base.

Agora, vamos falar a verdade, que o tempo está passando mais rápido, todo mundo percebe!......

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

sexta feira 13

Já discutimos aqui de onde vem a crença de que as sextas feiras que caem no dia 13 do mes não são auspiciosas... conheço pessoas que já ficam de pé atrás na noite anterior de uma sexta feira 13, e passam o dia todo olhando sobre os ombros com medo de tudo.

Hoje não aconteceu nenhuma desgraça, nenhum fato incomum, nada de assustador ou ameaçador. Até o apagão preferiu outro dia.
O dia nasceu às 5:40, depois de umas duas horas o sol abriu, as árvores e pássaros estavam todos lá, na vidinha de sempre, o rio continua correndo para o mesmo lado.
A tarde está caindo morna, molenga, agradável.

Mesmo assim, a sensação é de que o dia ficou no vazio.

Expectativas foram feitas para serem desfeitas. Incrível como a gente espera tudo que for falado que vai acontecer adiante, o poder que palavras soltas ao vento carregam, e como é facil a nossa mente se adaptar a coisas como superstições, manias e profecias sem sentido.

Um amigo da comunidade Astrologia Sem Censura tem uma receita infalível para criar uma profecia que "pega": voce cita povos antigos, insinuando que eles eram muito mais adiantados do que nós e sabiam de coisas que nem imaginamos, mistura citações truncadas de cientistas ( não tem importancia que não tenham nada a ver com o assunto), pode misturar alguma citação bíblica daquelas mal traduzidas e confusas, ou alguma profecia astrológica. Pronto, a receita infalível para "causar" na internet. Depois que pega na internet, vira artigo em jornais e depois filme. Todo mundo ganha dinheiro, menos o tonto que criou a receita.

Tem montes de gente esperando o mundo acabar dia 21 de Dezembro de 2012. MONTES.
Já acharam todas as ligações, desculpas, soluções e explicações para esta data. Tem milhares de sites sobre isso, e agora O filme. Acho que vou preferir assistir "2012 parte II, o retorno", em Janeiro de 2013.

Será que eles não têem o que fazer? Ou a descrença no mundo atingiu o ponto em que todo mundo espera que ele acabe logo para ser reconstruído?? O diretor do filme chegou ao ponto de dizer " espero que este seja o ultimo, porque já não sei mais o que destruir"....

Pensando bem, para que gastar dinheiro planejando a Copa do Mundo e a Olimpíada do Brasil?


OK, adendo feito no dia 14/11: na noite de sexta feira, 13, caíram 3 vigas gigantescas da construção do Rodoanel em SP, algumas pessoas foram feridas, mas não houve mortes.

....sigh.... o dia estava indo tão bem....

o pacto


Pactos estão na ordem das coisas desde o começo do mundo... no Paraíso, Deus e Adão convencionaram que não se comeria dos frutos da árvore da Gnose, o pacto não durou, e não vou falar mal da serpente nem de Eva, porque estou do lado delas.
Gerações depois, tentaram de novo, construíram até a célebre Arca da Aliança, e a coisa desandou novamente, Moises esbravejou mas não conseguiu arrumar a casa.

Porque as pessoas se apegam a pactos? alguem aí já viu um que realmente durou? Eu tenho alergia a pactos.

As coisas mudam, as pessoas mudam, o mundo muda, tudo isso ao mesmo tempo, em direções diferentes e agora no nosso mundo numa velocidade impressionante.

Qual a necessidade que leva pessoas e nações a formalizarem pactos que são eternos apenas enquanto duram? Necessidade de saber que o outro estará sempre à disposição? de se sentir seguro de que o outro nunca trairá? de antever o futuro e poder viver mais tranquilo?
Será que todo mundo desliga o raciocínio quando faz um pacto desses? Porque em sã consciencia, estão jurando uma coisa que não poderá ser cumprida pelo tempo previsto, ninguem sabe o que o futuro reserva. Depois, quando um lado da corda rói, o outro lado faz escandalo, fica resmungando para todo mundo ouvir que foi traido... o que novamente não leva a nada, porque a pressão social ou política não pode fazer o tempo voltar atrás.

Nosso saudoso poeta, quando disse "que seja eterno enquanto dure..." formalizou um sentimento de coerencia, de correção, onde não se promete o que não se sabe se poderá cumprir, bem ao contrário do célebre "até que a morte nos separe...".

Desde crianças condicionamos nossa vida, nosso sucesso, nosso bem estar, à presença de outras pessoas. Só vou se voce for, só compro o que voce tambem gosta, voce tem que vir comigo...
Não que ter companhia seja ruim, mas é bom se ter companhia apenas pelo prazer da companhia, e não pela dependencia. É bom construir uma vida em que vários interessados sejam felizes e tenham possibilidade de crescer e seguir outros caminhos, ao invés de uma vida em que a dependencia entre eles os segure para baixo.
É bom crescer sabendo que cada um tem sua propria maneira de ser, não precisam ser todos iguais, nem seguir os mesmos trajetos... fazer parte de grupos sem ter sua identidade anulada, e formar grupos em que se respeite a individualidade.

Os filhos foram criados para ir para o mundo, e podemos partilhar da sua jornada, mas não molda-la de acordo com nossa visão de rumo. O mesmo para cidades, empresas, nações, pessoas em relacionamentos, e até mesmo animais.
Está sendo criado um novo modelo de relacionamentos, em que duas individualidades optam por estar juntas, sem depender uma da outra, muitas vezes até mesmo morando separados, e com o tempo veremos onde isso leva. E só se promete o que se pode cumprir.

Churchill disse: "É um erro olhar muito à frente. Apenas um elo da cadeia do destino pode ser manuseado de cada vez." (It is a mistake to look too far ahead. Only one link in the chain of destiny can be handled at a time.)


A maior prova de que ninguem sabe onde o futuro nos levará é ter observado o que o destino reservou para o garoto com voz de anjo que cantava esta canção nos anos 70.


I´ll be there à capella e com MJ mais velho ao piano numa propaganda da Pepsi (ninguem é perfeito...)

You and I must make a pact, we must bring salvation back
Where there is love, I'll be there

I'll reach out my hand to you, I'll have faith in all you do
Just call my name and I'll be there

I'll be there to comfort you,
Build my world of dreams around you, I'm so glad that I found you
I'll be there with a love that's strong
I'll be your strength, I'll keep holding on

Let me fill your heart with joy and laughter
Togetherness, well that's all I'm after
Whenever you need me, I'll be there
I'll be there to protect you, with an unselfish love that respects you
Just call my name and I'll be there

If you should ever find someone new, I know he'd better be good to you
'Cause if he doesn't, I'll be there
Don't you know, baby, yeah yeah
I'll be there, I'll be there, just call my name, I'll be there

(Just look over your shoulders, honey - oo)

I'll be there, I'll be there, whenever you need me, I'll be there
Don't you know, baby, yeah yeah

I'll be there, I'll be there, just call my name, I'll be there...

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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Lei da Sincronicidade III

Voltando ao assunto....

Estas "coincidências" marcantes pressupõe que existe um plano de fundo organizado, uma trama bem tecida em que navegamos, e que orienta nossos destinos e a forma como eles se enredam nos destinos dos outros.
Acredito que o meio virtual facilitou muito estas conexões, aumentando exponencialmente as possibilidades de pessoas de locais muito diferentes se encontrarem, de mentes afins se relacionarem, é como se a web tivesse criado ligações muito mais aceleradas onde antes apenas aquela "trama de destino" operava.

Como disse, eu sempre observei atentamente este padrão de ação das "coincidencias" em minha vida, e ele mais de uma vez se manifestou de forma indiscutívelmente
"pré organizada".


Vou citar 2 casos que aconteceram comigo, entre muitos outros:

Uma tarde saí caminhando da clínica pela avenida, para fazer um jogo na lotérica, o dia estava nublado, com nuvens pesadas anunciando chuva a qualquer momento. Ao chegar na lotérica, no balcão, achei um santinho destes de papel, que os católicos mandam imprimir. Não conhecia a Santa, mas a imagem era tão linda que meu lado pintora pensou: vou guardar para usar esta composição num quadro. Era uma mulher com trajes de princesa medieval, segurando uma palma ( folha de palmeira) numa mão e uma grande taça dourada na outra. Atrás dela havia um castelo com a torre em chamas, igual ao do brasão do meu nome de família, Guerra. No momento em que eu pus o pé na calçada, ouvi o barulho mais alto que já ouvi na vida, uma explosão e um clarão me cegaram. Senti uma mão me puxar pela blusa de volta para dentro da lotérica, no meio de uma gritaria. Quando voltei a enxergar, vi que fios de alta tensão estavam corcoveando na calçada e fazendo um zumbido alto, e onde eles tocavam a calçada o cimento derretia. Fiquei sabendo que no momento em que pisei na calçada, um raio atingiu o poste exatamente sobre a minha cabeça. Quando voltei à clinica, depois de um tempo, achei a santinha de papel na minha carteira, virei a folha e vi seu nome: Santa Bárbara, a protetora contra raios, armas de fogo e explosões. Ela está comigo até hoje, não porque eu seja primitiva e acredite que o pedaço de papel fez um milagre, mas para me lembrar de que naquele dia, uma "coincidencia" uniu minha esfera de energia à dela, havia um significado naquilo.
Outra coisa sincronistica sobre Santa Barbara e eu: em muitos quadros ela é representada com uma espada na mão (embora ela não seja uma guerreira, mas uma vítima da espada), figura que particularmente sempre me chamou a atenção, já discutido aqui em
mulheres guerreiras.

Segundo caso:
Bom, os que já me conhecem há mais tempo sabem que desde criança tenho sonhos da época da Segunda Guerra... ainda não concluí se são uma benção ou uma maldição, mas o fato é que até 1993 achava que eram um delírio da minha cabeça, e cresci com esta sensação de que devia ser meio doida, o que me levou a um certo isolamento.
Naquele tempo se conversava com as pessoas na internet através do ICQ, e havia nele um sistema chamado random chat, em que voce ficava disponivel e pessoas do mundo todo que estivessem on line a fim de conversar poderiam contata-lo.
Uma noite eu estava disponível no random chat e um senhor de quase 80 anos, ingles, me contactou. Começamos a conversar, ele se chamava (nickname) Nevwar, e conversamos até que ele mencionou que trabalhou na fábrica dos motores Merlin (de aviões) durante toda a duração da guerra ... enfim, foram dias de conversa, mas para encurtar, ele identificou e confirmou até pequenos detalhes dos meus sonhos, e eu parei de achar que era biruta e me senti talvez especial... depois disso nunca mais nos "encontramos" on line e 2 anos depois fui pessoalmente (levada por outra "coincidencia") conhecer o Museu da RAF em Hendom.
A "grande trama" colocou em contato comigo naquele dia talvez a unica pessoa que pudesse me dar informações e aquele encontro teve sobre mim um efeito enorme.


Enfim, a Lei da Sincronicidade existe com certeza, mas o que ela é exatamente ainda está fora do nosso alcance. Um detalhe importante: a sincronicidade referida aqui não implica em sincronismo de tempo, há eventos em que se ligam coisas de tempos diferentes, daí Jung ter criado o nome evento sincronístico ( em que se sintonizam SIGNIFICADOS), para diferenciar de sincrônico (que ocorrem ao mesmo tempo).

O que podemos fazer é prestar atenção a pequenos detalhes, encontros repetidos com pessoas ou situações, símbolos e números que se repetem, aceitar com confiança mudanças de rumo nas nossas vidas que jamais teríamos esperado.
A concentração em objetivos definidos tambem emite uma certa vibração (que pode ser chamada de programação neuro linguistica, visualização criativa ou outros nomes) e atrai através desta "trama de fundo" os eventos e objetivos que almejamos.

E é sempre bom estar disponível para um random chat, ou para ouvir as estórias que outras pessoas tenham para contar, porque de alguma forma surpreendente elas podem ter chaves para os nossos mistérios.

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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Lei da Sincronicidade II

Sincronicidade (Wikipedia)

é um conceito desenvolvido por Carl Gustav Jung para definir acontecimentos que se relacionam não por relação causal e sim por relação de significado. Desta forma, é necessário que consideremos os eventos sincronísticos não a relacionado com o princípio da causalidade, mas por terem um significado igual ou semelhante.
A sincronicidade é também referida por Jung de "coincidência significativa". O termo foi utilizado pela primeira vez em publicações científicas em 1929, porém Jung demorou ainda mais 21 anos para concluir a obra "Sincronicidade: um princípio de conexões acasuais", onde o expõe e propõe o início da discussão sobre o assunto. Uma de suas últimas obras foi, segundo o próprio, a de elaboração mais demorada devido à complexidade do tema e da impossibilidade de reprodução dos eventos em ambiente controlado.
Em termos simples, sincronicidade é a experiência de ocorrerem dois (ou mais) eventos que coincidem de uma maneira que seja significativa para a pessoa (ou pessoas) que vivenciaram essa "coincidência significativa", onde esse significado sugere um padrão subjacente.
A sincronicidade difere da coincidência, pois não implica somente na aleatoriedade das circunstâncias, mas sim num padrão subjacente ou dinâmico que é expresso através de eventos ou relações significativos. Foi um princípio que Jung sentiu abrangido por seus conceitos de Arquétipo de Inconsciente Coletivo.
Acredita-se que a sincronicidade é reveladora e necessita de uma compreensão, essa compreensão poderia surgir espontaneamente, sem nenhum raciocínio lógico. A esse tipo de compreensão instantânea Jung dava o nome de "insight".

Carl Jung defende que os fenômenos sincronísticos podem ser agrupados em três categorias:

1.Coincidência de um estado psíquico do observador com um acontecimento objetivo externo e simultâneo, que corresponde ao estado ou conteúdo psíquico, onde não há nenhuma evidência de uma conexão causal entre o estado psíquico e o acontecimento externo e onde, considerando-se a relativização psíquica do espaço e do tempo tal conexão é simplesmente incocebível.

2. Coincidência de um estado psíquico com um acontecimento exterior correspondente (mais ou menos simultâneo), que tem lugar fora do campo de percepção do observador, ou seja, espacialmente distante, e só se pode verificar posteriormente.

3. Coincidência de um estado psíquico com um acontecimento futuro, portanto, distante no tempo e ainda não presente, e que só pode ser verificado também posteriormente.
Ademais, Jung acrescenta que "nos casos dois e três, os acontecimentos coincidentes ainda não estão presentes no campo de percepção do observador, mas foram antecipados no tempo, na medida em que só podem ser verificados posteriormente. Por este motivo, diz que semelhantes acontecimentos são "sincronísticos", o que não deve ser confundido com "sincrônicos"."

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