sexta-feira, 29 de maio de 2009

mulheres guerreiras

Mulheres que pegaram em armas.... guerreiras que teriam até ficado entre tantas outras anônimas não fosse o registro do seu valor.

Primeiro Jean, Joana D´arc, que num dia 30 de Maio foi condenada e queimada pela própria igreja (com minúscula proposital) que defendia....
Não vou discutir os méritos da loucura dela, porque afinal se já fabricassem Haldol para tratar todos que ouviam vozes muitos textos do Novo Testamento não existiriam... louca sim, mas deixando isto de lado, que GUERREIRA !

Uma menina de 15 anos, vestindo uma armadura e portando uma espada igual à dos homens (eu já peguei uma na mão, ela pesa mais de 8 kg e é muito difícil conseguir segura-la com uma mão só e manter a ponta erguida), aos brados de "Sigam-me os bons!" liderou um exército que estava sem rumo, sem comando e sem inspiração.
Foi vendida por este mesmo exército após conquistar para eles a vitória esperada, e pasmem, depois de muito tempo presa foi obrigada a abandonar as roupas masculinas e só então os soldados ingleses conseguiram finalmente estupra-la, um requisito para que o tribunal pudesse condena-la à morte, porque a lei de então proibia a execução de virgens...

Relatos árabes das cruzadas: tremam, guerreiros, aproxima-se a figura assustadora de Hilde.
Chegada à Terra Santa com o marido normando e 3 filhos homens que vinham para a Cruzada (interessante, os nomes deles não foram preservados pelos cronistas inimigos, apenas a bravura de Hilde), após enfrentar doenças, fome e provações Hilde se viu com armas na mão no campo de batalha...

Acostumados a mulheres miúdas e morenas, a figura gigante da normanda louríssima de olhos azuis e porte avantajado, montada num cavalo negro tambem gigante (provavelmente da raça frísia, trazido de terras escandinavas) impressionou tanto os árabes que eles registraram o nome de uma reles mulher no ranking de guerreiros inimigos valorosos.
Ela lutava apeada, flanqueada nas costas pelo cavalo gigante, com dois machados vikings, um em cada mão.
Dá para imaginar a figura? O desespero de quem já viu morrer todos os entes queridos e não tem mais nada a perder?
Se os árabes conhecessem os mitos das terras de Hilde saberiam que estavam na frente de uma Walkíria enfurecida...

No mundo moderno há muitas mulheres nas forças policiais e armadas, mas nestes tempos antigos as que lutaram tiveram antes que vencer uma luta para conquistar o direito de lutar e imagino se nos batalhões de hoje elas ainda teem que se provar o tempo todo pelas mesma razões.

Este texto não é uma metáfora para mulheres lutadoras, vidas difíceis, etc, etc, etc,
É para falar de mulheres que venceram suas limitações físicas e enfrentaram homens em campos de batalha de igual para igual (puxar um gatilho é facil, mas guerrear naquele tempo era bem diferente), fosse qual fosse a causa, insana ou desesperada, de fé ou de sobrevivência, possível ou suicida.
Guerreiras implacáveis, que tendo nascido sem o cromossomo da violência e da força física, ao serem colocadas em situação de necessidade se superaram e se sublimaram. Porque para uma mulher matar alguém, ainda mais usando armas brancas, é necessário ultrapassar uma barreira invisível de um sentimento intenso de proteção à vida que vem no software do cromossomo X (que o digam os profilers do FBI, que afirmam que menos de 10% dos assassinatos cruentos são cometidos por mulheres).

Que GUERREIRAS!

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