segunda-feira, 30 de maio de 2011

Joana D´Arc

 Hoje, 30 de Maio de 2011 se completam 580 anos que Joana D´Arc foi queimada viva.

Para quem gosta de santos, é um prato cheio. Para quem gosta de estorias de mistérios esotéricos, outro prato cheio. Para quem gosta de justiça, uma infâmia. Para quem dá valor a laços de sangue formados em campos de batalha, uma aberração.

É regra na história da humanidade que a maior parte dos gênios, santos, homens de fé e de moral não são recohecidos em seu próprio tempo, e muitos deles foram imolados por suas diferenças ou visão inovadora.

Ponto pacífico: a humanidade não aprende. Nunca. Já teve tempo suficiente, mas não aprende.
Há partes da história da vida de Joan que são mais
incríveis do que estorias  de filmes, e para quem não acredita numa força maior que cria um traçado prévio de tudo o que acontece, desejo boa sorte tentando explica-las.

Depois de meses tentando ser aceita como um elemento do exercito do rei ameaçado, testada pelos padres, bispos e tudo mais, a ela finalmente foi dado um comissionamento, uma armadura, um brasão e uma espada. Mas ela não aceitou a espada, ela vinha sonhando desde menina com uma espada enterrada atrás do altar da Capela de Santa Catarina de Fierbois, e os homens do rei foram até e resgataram espada que estava exatamente onde a jovem disse.

No campo de batalha ela foi ferida de morte, por um flecha direta no peito, numa época em que a medicina se resumia a cirurgiões barbeiros, mas teve a flecha removida e estava no raiar do dia seguinte novamente montada e armada à frente do exército do rei.


É sempre mais simples reconhecer erros depois de algum tempo, com afirmações do tipo "queimamos uma santa!" "vamos fazer dela padroeira da França", mas a estupidez não se apaga som remendos.

Ela foi em parte vítima de Igreja, que não a queria como um símbolo vivo, da política, por um rei que não queria ninguem mais famoso e influente sobre o povo do que ele próprio, e de um sistema judiciário que manipulou vilmente as condições do julgamento autorizando um soldado ingles a estupra-la para que ela então se enquadrasse na aplicação de pena de morte, que não se aplicava a virgens.

Eu sempre acreditei que vivemos para sempre, estamos indo e voltando conforme marés do destino nesta Terra, cada um com sua missão e seu aprendizado.
Espero sinceramente que ela tenha aprendido sua lição.
Se eu fosse ela, nas próximas vezes, olharia para os necessitados poderosos falsamente humildes e diria um solene F... You!

Há varios sites com biografias completas dela, inclusive uma que ela mesma ditou enquanto estava presa à espera do seu julgamento.

Catholic Encyclopedia

Para a França