terça-feira, 30 de novembro de 2010

mundo dos sonhos

Para quem estuda misticismo, ocultismo e outras searas afins, este conceito pode ter nomes como Mundo Astral,  quinta dimensão,  Universo Beriático,  plano Akáshico.

Os nativos norte americanos tinham uma visão e uma funcionalidade bastante praticas e simples deste conceito.

O mundo dos sonhos dormidos continha 4 tipos de sonhos, os de propriedade, os insignificantes, os sonhos de "desejo" e os sonhos de "cura".  Os sonhos de propriedade pressagiam acontecimentos na vida material, os insignificantes são pequenos reflexos do dia a dia que nem são lembrados ao se acordar; os de "desejo" são as esperanças que o sonhador tem, que poderão ou não acontecer dependendo do seu esforço.  Os sonhos de "cura" eram os mais importantes entre os sonhos dormidos, porque traziam uma visão limpida e precisa do futuro da pessoa e geralmente afetavam todo o grupo de pessoas. Eles eram tão importantes que só podiam ser revelados em conselho tribal fechado, porque podiam mudar a estrategia de vida de todo o grupo.  Os Guias espirituais estavam por trás destes sonhos, e escolhiam pessoas que se tornavam seus porta vozes na comunidade.
Outro tipo importante de sonho era o sonho acordado, um tipo de visão ou viagem astral que era aprendido e desenvolvido pela prática.
De todo jeito, o universo paralelo do mundo dos sonhos sempre influenciou o mundo "real", é possível ir até lá buscar respostas e retornar.

Eles ainda acreditam que pessoas especiais com este dom nascem como almas transmissoras, isto é, trazem de uma vida previa conhecimentos que já se manifestam durante a infancia, talentos que ajudam o grupo.
O desenvlvimento destes talentos passa por 4 animais totem, que relfetem as instancias do aprendizado:

o golfinho é o mestre que nos ensina a penetrar nesta dimensão através do uso disciplinado da respiração

a libélula é a Guardiã do Portal, ela permite que se abra uma passagem entre os dois mundos.

o lagarto é o Guia dos sonhos diurnos

o cisne (ou pato selvagem) é o Guardião protetor que nos acompanha quando estamos vagando na maré magnética dos mundo dos sonhos, em busca de determinadas resposta, expostos a outras entidades que lá estão.

O importante disso tudo é entender que há outras formas de visão, há outros alcances para o entendimento e a relação com o mundo, além dos 5 sentidos corporais a que estamos limitados. 
É preciso ousar dirigir o olhar para algo que não está lá, no "mundo real", acreditar que é possivel e que se tem força para isso, para romper o casulo e virar borboleta.

Imagine uma crisálida dentro do casulo ainda fechado. Ela acha que o mundo é somente aquilo,  pressão, escuridão, estar contida numa forma física apertada e imovel.  Ao romper o casulo, ela não só expande a forma fisica para uma forma mais delicada e fluida, como ainda adquire o poder de vagar pelos céus.

outras informações interessante podem ser encontradas no livro de Jamie Sams: Cartas do caminho sagrado.
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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

escritoras


Há certas pessoas que conseguem entrelaçar palavras e formar mais do que uma tapeçaria bonita,  conseguem que o bordado traduza a alma humana.   Charlote Bronte é uma delas, sua irmã Emily outra.

Selecionei alguns paragrafos da leitura da semana, "Jane Eyre", parte do prólogo da segunda edição do romance que fala de uma garota que escapou às regras da moralidade vitoriana, e cuja primeira edição passou por vigorosa critica da Igreja  e dos moralistas da época.  Devido à essa mesma mentalidade, Charlotte publicou o livro sob um pseudonimo masculino, Currer Bell.

"Convencionalismo não é moralidade.  Farisaísmo não é religião. Atacar os primeiros não é agredir os últimos.
Arrancar a mascara de um fariseu não é erguer mão impia contra a Coroa de Espinhos. Estas coisas e fatos são diametralmente opostos; tão distintos como o vício é da  virtude. As pessoasmuitas vezes os confundem e não se deve confundi-los; não se deve tomar a aparencia pela verdade, não se deve substituir o Credo de Cristo, que redime o mundo,  por tacanhas doutrinas humanas que tendem a  ensoberbar e glorificar uns poucos.
Existe, repito, uma diferença , e é uma boa ação e não má estabelecer ampla e nitidamente uma linha de separação entre eles. 
O mundo talvez não goste de ver estas ideias separadas, porque está a acostumado a confundi-las, achando conveniente fazer a aparencia externa passar por valor autentico - como fazer paredes caiadas passarem por santuarios limpos.  Talvez odeie aquele que ousa examinar e denunciar,  descascar o dourado e mostrar o vil metal por baixo,  penetrar no sepulcro e revelar reliquias carnais; porem, por mais que o odeie, tem uma divida com ele."

Aqui outro trecho onde ela critica a mentalidade vitoriana que dizia que mulheres não precisam estudar nem devem ter uma vida ativa:

"É inutil dizer que os seres humanos devem satisfazer-se com a tranquilidade; eles precisam de ação, e a criarão se não puderem encontra-la. Milhões são condenados a uma sorte mais parada do que a minha, e milhões estão em silenciosa revolta contra seu destino.  Ninguem sabe quantas rebeliões politicas fermentam nas massas de vida que povoam a Terra. Supõe-se que as mulheres são muito calmas em geral, mas elas sentem da mesma forma que os homens; precisam tanto do exercicio para suas faculdades, e de um campo para seus esforços, quanto seus irmãos; sofrem com uma contenção demasiado rigida, uma estagnação demasiado absoluta, exatamente como os homens sofreriam; e é tacanhez das criaturas irmãs mais privilegiadas dizier que elas devem limitar-se a fazer pudins e tricotar meias, a tocar piano e bordar toalhas. É impensado condena-las ou rir delas, se buscam fazer mais ou aprender mais que o que os costumes decretam ser necesário para o seu sexo."
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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

novo look

hello crazy people!

Eu troquei o look completo do blog, em primeiro lugar, porque eu me canso rápido das coisas... a selva estava me sufocando de umidade, calor, pressão....  acho que eu sou uma aberração, não nasci para viver em um país tropical, detesto calor e sol forte, já está me fritando e vai piorar muito nos proximos meses.
Em segundo lugar, porque meu relogio psicologico está mais para hemisferio norte, solsticio de inverno, caçar coelhos, etc... eu topo qualquer lugar acima do paralelo 45N.

em termos simbólicos, de onça para loba não mudou muita coisa, afinal,  o tempo todo tem gente tentando  fazer casacos e tapetes com as duas.

portanto, até a proxima mudança, say bye bye to the jaguar...


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

botar pra quebrar

bom, acho que todo mundo normal tem horas e situações para apreciar tipos diferentes de musica...  eu sempre tendi para o melancolico, suave, mas tem dia que acordo botando pra quebrar... se pelo menos tivesse um som decente em casa ( nesta hora a enchente pode ser vista como um beneficio para os vizinhos...hehe).


hoje é dia de MUSE!   Supermassive Black Hole  ao vivo  e  em estudio  numa trilha sonora

Ooh, baby don't you know I suffer?
Oh, baby can you hear me moan?
You caught me under false pretenses
How long before you let me go?
Ooh, you set my soul alight
Glaciers melting in the dead of night
And the superstars sucked into the supermassive
(Ooh, you set my soul alight)
Glaciers melting in the dead of night
And the superstars sucked into the supermassive
(Ooh, you set my soul)
I thought I was a fool for no one
But ooh, baby I'm a fool for you
You're the queen of the superficial
And how long before you tell the truth?
Ooh, you set my soul alight
Glaciers melting in the dead of night
And the superstars sucked into the supermassive
(Ooh, you set my soul alight)
Glaciers melting in the dead of night
And the superstars sucked into the supermassive
(Ooh, you set my soul)
Supermassive black hole
 
e tem mais
Neutron star colision
Uprising


há que se levar em conta o som, porque a letra é meio assim fim da picada...  mas qualquer coisa que tire a alma do torpor e "set my soul alight"  tá valendo.... risos
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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

música da noite

O Fantasma da Ópera foi uma lenda urbana, da Paris do seculo XIX, publicada por Gaston Leroux, e faz parte do canon da literatura gótica em que o lado bom e o lado mau dentro do homem se debatem.
Misturada a fatos que realmente ocorreram na Ópera de Paris, como a queda de um candelabro gigante durante uma apresentação, e a existencia de uma coluna oca no camarote numero 5, de onde saiam estranhos ruidos que vinham dos porões, ela cresceu, e  foi depois varias vezes recontada, sendo que Andrew Loyd Weber a transformou no maior sucesso da Brodway.

O Fantasma da Ópera exerce uma certa atração misteriosa ,uma criatura deformada, torturada em seu exílio, dominando os subterraneos que cortam toda Paris, um genio musical que assistia a tudo que acontecia nos palcos e camarins do teatro sem poder participar ou se mostrar.

O porque dele ter tanto apelo à nossa imaginação e coração é uma pergunta interessante.
Quer dizer que no inferno há gente boa, talentosa, que uma vez machucada pode acabar se tornando um monstro, e quer dizer tambem que mesmo monstros que parecem cruéis e insensíveis podem amar.
Quer dizer que no fundo da caverna, no meio da noite e do desespero, ainda pode haver música, ainda pode haver uma alma que cria beleza.
Quer dizer, acima de tudo, que nenhum monstro está acima da redenção.

A atração que esta figura enigmática exerce sobre a imaginação das pessoas pode ter relação com o fato de que todos nós, em alguma instancia, nos sentimos isolados, diferentes, discriminados ou solitários, e todos gostaríamos de reclamar nossos direitos sobre a luz e o palco.

veja aqui
Music of the night

Mas a minha frase preferida na peça toda é cantada por Christine na musica final:
"Pitifull creature of darkness, what kind of life have you known...
God give me courage to show you 
YOU`RE NOT ALONE"
(Pobre criatura da escuridão, que tipo de vida voce teve? Deus me dê coragem para lhe mostrar que voce não está sozinho!)
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

viajante do tempo

não sei se é verdade ou fizeram algum photosop, mas a idéia é fascinante....

uma viajante do tempo, falando num celular, desfila no  fundo de uma cena de um filme de Chaplin:

aqui.

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aqui outro caso, uma foto antiga encontrada num museu e os comentarios de pessoas que estudaram o caso
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

pensamento para o Dia dos Mortos

" A morte é a curva da estrada
Morrer é só não ser visto
Se escuto, te ouço a passada
existir como existo.


A Terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguem se perdeu
Tudo é verdade e caminho."


Fernando Pessoa



À parte os alquimistas que buscavam a Pedra Filosofal da imortalidade e os exploradores espanhóis que se perderam na Amazonia buscando a Fonte da Juventude, todo mundo tem que aceitar a mortalidade.

A mortalidade está em tudo que existe no mundo da matéria, das ideias e inclusive no mundo da memória.

A materia dos nossos corpos envelhece e se deteriora, as ideias dos homens envelhecem e são substituidas, e a soma das memorias guardadas nunca chega nem perto do fato inteiro que se tenta lembrar.

Existe muita gente obcecada com a imortalidade, alguns querem gravar seu nome nos anais(?) acadêmicos, outros querem bater records, outros tomam parte em situações publicas importantes e ficam imortalizados no bom ou no mal sentido.

Quantas pessoas que realmente fizeram coisas importantes morreram e tiveram seus nomes esquecidos, sem poder clamar seu direito à imortalidade?  Quantas morreram e nunca chegaram a ser realmente conhecidas pelos que as rodeavam?  Quantas morreram sem ter utilizado o potencial que tinham?

O medo do perecimento e do esquecimento é tão grande que varias tendencias espirituais se baseiam no fato de que há outra vida, e outras em sequencia, ou de que há um lugar "melhor" para se ir...  para que a mente não enlouqueça pensando que está chegando a hora e não há nada mais alem disso.
O medo do envelhecimento criou a religião da cirurgia plástica.
Aceitar a transitoriedade das coisas na vida já é dificil para alguns, a mortalidade então é um dragão de 10 cabeças.
Porque será?  Tudo e todo mundo vai morrendo à nossa volta, a morte é tão comum e tão simples... 
Aliás, eu morei numa cidade que tinha uma funerária chamada "Mundo Melhor". Sinistro.

Gandhi disse uma vez:
"Viva como se fosse morrer amanhã. Aprenda como se fosse viver para sempre."

É isso.
A duração da vida não quer dizer nada, o que importa é o conteudo e os atos de quem viveu. Tenham sido registrados e divulgados ou não.  É preciso coragem para viver,  mais coragem para viver bem, e uma coragem inumana para durante a vida fazer coisas que mudem o mundo para melhor....porque morrer qualquer um consegue!

Mas existem mortes ocultas, que as pessoas não percebem.
Ninguem é o mesmo durante a vida toda. O eu-aluno morre ao se formar, o eu-profissional morre ao se aposentar, pessoas ainda vivas morrem para voce, e por aí vai.
Muitos funerais dentro de nós durante a vida.  É preciso lidar com os lutos, e isso não só não é facil como fica cada vez mais dificil conforme a propria morte fisica se aproxima. Entramos em negação, querendo que a vida permaneça assim como é agora, que nada mude.
Muita gente não passa pelo funeral e luto necessário para enterrar bem um amor,  uma carreira, um sonho. E aí fica Hades nos cutucando, nos mantendo no limite entre o mundo dos mortos e dos vivos, o coração gelado do vampiro  que ainda quer desesperadamente sentir o calor do amor, a capacidade profissional sufocada que ainda quer produzir.

Os índios norte americanos teem uma crença de que um homem nunca morre desde que ainda se fale dele, que seu nome seja lembrado.
Por quantas gerações nosso nome ainda vai ser mencionado por nossos descendentes? (preechimento de documentos não vale!).

Os gregos acreditavam que um barqueiro, Caronte, levava as almas dos recem falecidos numa balsa para o outro lado do Rio Estige, onde ficava o mundo inferior.  Era obrigatório pagar a passagem, ou a alma ficaria perambulando perdida, então eles enterravam as pessoas com uma moeda na boca. 
É isso, tem o preço da passagem. O preço da passagem é o luto, é ruminar a perda e enterrar bem e de acordo a nossa parte que morreu. É não precisar mais passar todos os dias na frente da lápide com um tênue véu de esperança de que ela vai voltar. É reunir toda a coragem para poder esquecer e continuar respirando, uma vez após a outra, até que fique mais fácil.

E tem aqueles que namoram a morte.... se arriscando desnecessáriamente, ou mesmo achando que ela é uma saída mais facil para a inadequação e o desespero.

Talvez devesse haver algum tipo de instrução como "Saber morrer", "Saber se despedir", "Saber enterrar". 
Os egípcios tentaram mas o Livro dos mortos é um mapa tão confuso que qualquer um que levar as instruções a sério vai parar no inferno... do planeta Saturno! 
Cícero, um antigo poeta romano escreveu um pequeno tesouro: "Saber envelhecer", mas o texto dele é tão cheio de vida e de promessas que cita-lo ao falar sobre a morte seria sacrilégio.

Muitas vezes visitei o cemitério da Consolação, em São Paulo, para ficar andando entre magníficas esculturas que existem nos túmulos lá. Não era funesto, era calmo, era bonito, pensar que se ia ficar ali, pela eternidade tão bem acompanhado. 
Aliás, toda foto de cemiterios deveria ser em preto e branco, porque ali é o lugar, afinal, onde tudo fica realmente decidido, onde nada vai mais poder mudar, deteriorar, desencantar, e as cores e seus matizes contrariam esta sentença, bem como os tons de cinza.

É interessante  tambem o "rótulo" que as pessoas põe nas lápides.  Epitáfios. Eu juro que se alguem escrever no meu alguma coisa idiota tipo "saudades", "mãe estimada" ou "nos deixou muito cedo" eu volto toda noite para assombrar até que mudem!  
Varias pessoas famosas escreveram  seus epitáfios ainda jovens:

Khalil Gibran:  "Voltarei com a maré, e mesmo que a morte me oculte, que o maior dos silêncios me envolva, procurarei de novo vossa compreensão... Sabei, pois, que do maior silêncio retornarei... Não esqueçais que voltarei para vós... Um breve instante, e meu desejo recolherá o pó e a espuma para um outro corpo. Um breve instante, um momento de repouso no vento, e uma outra mulher me trará ao mundo.”

 e Benjamin Franklin:  "Aqui jaz o corpo de Benjamin Franklin, Impressor, Semelhante à capa de um velho livro de páginas arrancadas, abandonadas ao léu, com seu título e seus dourados apagados. A obra não se perderá, pois como ele acreditava, ela aparecerá uma vez mais em nova edição mais elegante, revisada e corrigida pelo autor.”

Talvez escrever seu proprio epitáfio de vez emquando seja um exercício interessante...  qual a mensagem que voce quer deixar? Como ele iria se modificando com o passar do tempo?
Por ora fico com o meu: "Ressurgo"... como a fenix.


Fernando Pessoa escreveu:
"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...

Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te: 
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão."


Weeeeell,  Live and Let Die
Como eu disse antes, viver (ou seria sobreviver?) é mais dificil, porque morrer qualquer um consegue....

...bom... nem todos, eu preferia jogar no time do Highlander.

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There's no time for us,  There's no place for us
What is this thing that builds our dreams yet slips away from us
Who wants to live forever....?

There's no chance for us  Its all decided for us
This world has only one sweet moment set aside for us
Who wants to live forever?
Who dares to love forever?  When love must die

But touch my tears with your lips
Touch my world with your fingertips
And we can have forever
And we can love forever
Forever is our today
Who wants to live forever?
Forever is our today
Who waits forever anyway?
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