quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Lei das Cordas II

A relação do Homem com Deus se relaciona à Lei das Cordas e à Lei do Reflexo.
Voltando à Lei das Cordas, olhando para a outra ponta da corda:

Da mesma forma que cada relação entre os homens é uma corda de mão dupla onde circula energia, entre o homem e Deus há uma corda tambem, ou melhor um raio de energia.

Os raios durante as tempestades não acontecem apenas por uma energia vinda do céu, eles são uma combinação de energias equivalentes, uma vinda do céu outra da terra, que criam o fenômeno que vemos.

Deus está onde O deixam entrar.

Os milagres existem, mas dependem da energia que vem de cima se ligar a uma energia que venha de baixo, e esta corda tambem se prende mais firme conforme a intensidade do sentimento.

Quem olha para ele apenas " de leve" , ou apenas quando precisa pedir, vai ser correspondido apenas "de leve", ou atendido conforme sua visão limitada permite porque não oferece ancoragem para a energia mais abrangente.

Há que se enviar energia de gratidão constante e de confiança cega para receber a generosidade irrestrita de quem só quer dar e as graças que nem tínhamos a pretensão de obter.

Não há necessidade de intermediários, ninguém pode ter a pretensão de ter mais "acesso" do que o outro à fonte desta energia, nenhum sacerdote sabe falar com Deus melhor do que eu ou voce.

Não há porque estabelecer regras, limites, cardápios permitidos, vestimentas apropriadas ou rituais complexos, porque Ele está dentro de cada um de nós, entende a nossa linguagem, nos aceita como somos, e está sempre acessível.


A Lei do Reflexo tem moldado a forma como o Homem vê Deus desde a antiguidade: convém a ele crer que foi feito à imagem e semelhança do Eterno, e para se sentir mais à vontade dar a Ele a aparência de um senhor barbudo, voz de trovão, e às vezes chegar até as raias do ridículo de imputar emoções humanas ao Eterno, como ciúme e a ira.

Este exercício reducionista da fé tem por finalidade facilitar a compreensão por parte do Homem, mas termina por limitar sua visão de modo incapacitante (porque se perde no processo a imensidão da existência de Eterno), e também por limitar a capacidade de comunicação entre Criador e criatura , que parece no fim das contas estar falando consigo mesma ou com uma extensão de suas próprias emoções e desejos.

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