No trajeto da Terra ao redor do Sol, durante o verão os dias são mais longos, no inverno são mais curtos, os dias de equinocio marcam a posição exata do meio, isto é, um dia em que dia e noite teem exatamente 12 horas de duração. A partir deste dia, no nosso caso, gradualmente os dias vão se encurtando, até chegar no ponto maximo, o solsticio de inverno, o dia mais curto do ano.
Os druidas davam a este festival o nome de Me´an Fom´har, o homem verde, e decoravam arvores com guirlandas de flores e as iluminavam, e chamavam de dia do equilibrio, o dar e receber entre homem e natureza em perfeito equilibrio....
Como nossas tradiçãos vieram do Hemisferio Norte, continuamos celebrando temas como nascimentos, Pascoa e ano novo neste dia, mas respeitando nosso ciclo natural deveriamos estar celebrando as colheitas e começando a secar ervas e grãos, defumar carne para o inverno.
Vivemos num país abençoado, nossas árvores não ficam nuas no outono, temos abundancia de comida durante o ano todo e não precisamos deste tipo de reservas, mas infelizmente isso criou em nós uma cultura de desperdício... é sempre bom agradecer e dar valor, não desperdiçar os recursos.
E é bom tambem se conectar ao ciclo da natureza, porque muitas vezes nossa noção de tempo se resume à folhinha e nossa agenda de compromissos... é bom andar e ver como as árvores estão, que tipo de frutos temos nesta época, sentir que pertencemos à natureza. Restaurar o equilibrio.
Simbolicamente, o aumento da duração das noites tem uma conotação de reflexão, de respeito, de oração, que precede o recolhimento do inverno. Mais tempo passado dentro de casa, bom para leitura, convivio, estudo, repouso.
Muitos símbolos teem uma conotação cultural regional, mas o vinculo com a natureza e universal, organico e imutavel.
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