terça-feira, 10 de novembro de 2009

Lei da Sincronicidade II

Sincronicidade (Wikipedia)

é um conceito desenvolvido por Carl Gustav Jung para definir acontecimentos que se relacionam não por relação causal e sim por relação de significado. Desta forma, é necessário que consideremos os eventos sincronísticos não a relacionado com o princípio da causalidade, mas por terem um significado igual ou semelhante.
A sincronicidade é também referida por Jung de "coincidência significativa". O termo foi utilizado pela primeira vez em publicações científicas em 1929, porém Jung demorou ainda mais 21 anos para concluir a obra "Sincronicidade: um princípio de conexões acasuais", onde o expõe e propõe o início da discussão sobre o assunto. Uma de suas últimas obras foi, segundo o próprio, a de elaboração mais demorada devido à complexidade do tema e da impossibilidade de reprodução dos eventos em ambiente controlado.
Em termos simples, sincronicidade é a experiência de ocorrerem dois (ou mais) eventos que coincidem de uma maneira que seja significativa para a pessoa (ou pessoas) que vivenciaram essa "coincidência significativa", onde esse significado sugere um padrão subjacente.
A sincronicidade difere da coincidência, pois não implica somente na aleatoriedade das circunstâncias, mas sim num padrão subjacente ou dinâmico que é expresso através de eventos ou relações significativos. Foi um princípio que Jung sentiu abrangido por seus conceitos de Arquétipo de Inconsciente Coletivo.
Acredita-se que a sincronicidade é reveladora e necessita de uma compreensão, essa compreensão poderia surgir espontaneamente, sem nenhum raciocínio lógico. A esse tipo de compreensão instantânea Jung dava o nome de "insight".

Carl Jung defende que os fenômenos sincronísticos podem ser agrupados em três categorias:

1.Coincidência de um estado psíquico do observador com um acontecimento objetivo externo e simultâneo, que corresponde ao estado ou conteúdo psíquico, onde não há nenhuma evidência de uma conexão causal entre o estado psíquico e o acontecimento externo e onde, considerando-se a relativização psíquica do espaço e do tempo tal conexão é simplesmente incocebível.

2. Coincidência de um estado psíquico com um acontecimento exterior correspondente (mais ou menos simultâneo), que tem lugar fora do campo de percepção do observador, ou seja, espacialmente distante, e só se pode verificar posteriormente.

3. Coincidência de um estado psíquico com um acontecimento futuro, portanto, distante no tempo e ainda não presente, e que só pode ser verificado também posteriormente.
Ademais, Jung acrescenta que "nos casos dois e três, os acontecimentos coincidentes ainda não estão presentes no campo de percepção do observador, mas foram antecipados no tempo, na medida em que só podem ser verificados posteriormente. Por este motivo, diz que semelhantes acontecimentos são "sincronísticos", o que não deve ser confundido com "sincrônicos"."

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