quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Lei da Sincronicidade III

Voltando ao assunto....

Estas "coincidências" marcantes pressupõe que existe um plano de fundo organizado, uma trama bem tecida em que navegamos, e que orienta nossos destinos e a forma como eles se enredam nos destinos dos outros.
Acredito que o meio virtual facilitou muito estas conexões, aumentando exponencialmente as possibilidades de pessoas de locais muito diferentes se encontrarem, de mentes afins se relacionarem, é como se a web tivesse criado ligações muito mais aceleradas onde antes apenas aquela "trama de destino" operava.

Como disse, eu sempre observei atentamente este padrão de ação das "coincidencias" em minha vida, e ele mais de uma vez se manifestou de forma indiscutívelmente
"pré organizada".


Vou citar 2 casos que aconteceram comigo, entre muitos outros:

Uma tarde saí caminhando da clínica pela avenida, para fazer um jogo na lotérica, o dia estava nublado, com nuvens pesadas anunciando chuva a qualquer momento. Ao chegar na lotérica, no balcão, achei um santinho destes de papel, que os católicos mandam imprimir. Não conhecia a Santa, mas a imagem era tão linda que meu lado pintora pensou: vou guardar para usar esta composição num quadro. Era uma mulher com trajes de princesa medieval, segurando uma palma ( folha de palmeira) numa mão e uma grande taça dourada na outra. Atrás dela havia um castelo com a torre em chamas, igual ao do brasão do meu nome de família, Guerra. No momento em que eu pus o pé na calçada, ouvi o barulho mais alto que já ouvi na vida, uma explosão e um clarão me cegaram. Senti uma mão me puxar pela blusa de volta para dentro da lotérica, no meio de uma gritaria. Quando voltei a enxergar, vi que fios de alta tensão estavam corcoveando na calçada e fazendo um zumbido alto, e onde eles tocavam a calçada o cimento derretia. Fiquei sabendo que no momento em que pisei na calçada, um raio atingiu o poste exatamente sobre a minha cabeça. Quando voltei à clinica, depois de um tempo, achei a santinha de papel na minha carteira, virei a folha e vi seu nome: Santa Bárbara, a protetora contra raios, armas de fogo e explosões. Ela está comigo até hoje, não porque eu seja primitiva e acredite que o pedaço de papel fez um milagre, mas para me lembrar de que naquele dia, uma "coincidencia" uniu minha esfera de energia à dela, havia um significado naquilo.
Outra coisa sincronistica sobre Santa Barbara e eu: em muitos quadros ela é representada com uma espada na mão (embora ela não seja uma guerreira, mas uma vítima da espada), figura que particularmente sempre me chamou a atenção, já discutido aqui em
mulheres guerreiras.

Segundo caso:
Bom, os que já me conhecem há mais tempo sabem que desde criança tenho sonhos da época da Segunda Guerra... ainda não concluí se são uma benção ou uma maldição, mas o fato é que até 1993 achava que eram um delírio da minha cabeça, e cresci com esta sensação de que devia ser meio doida, o que me levou a um certo isolamento.
Naquele tempo se conversava com as pessoas na internet através do ICQ, e havia nele um sistema chamado random chat, em que voce ficava disponivel e pessoas do mundo todo que estivessem on line a fim de conversar poderiam contata-lo.
Uma noite eu estava disponível no random chat e um senhor de quase 80 anos, ingles, me contactou. Começamos a conversar, ele se chamava (nickname) Nevwar, e conversamos até que ele mencionou que trabalhou na fábrica dos motores Merlin (de aviões) durante toda a duração da guerra ... enfim, foram dias de conversa, mas para encurtar, ele identificou e confirmou até pequenos detalhes dos meus sonhos, e eu parei de achar que era biruta e me senti talvez especial... depois disso nunca mais nos "encontramos" on line e 2 anos depois fui pessoalmente (levada por outra "coincidencia") conhecer o Museu da RAF em Hendom.
A "grande trama" colocou em contato comigo naquele dia talvez a unica pessoa que pudesse me dar informações e aquele encontro teve sobre mim um efeito enorme.


Enfim, a Lei da Sincronicidade existe com certeza, mas o que ela é exatamente ainda está fora do nosso alcance. Um detalhe importante: a sincronicidade referida aqui não implica em sincronismo de tempo, há eventos em que se ligam coisas de tempos diferentes, daí Jung ter criado o nome evento sincronístico ( em que se sintonizam SIGNIFICADOS), para diferenciar de sincrônico (que ocorrem ao mesmo tempo).

O que podemos fazer é prestar atenção a pequenos detalhes, encontros repetidos com pessoas ou situações, símbolos e números que se repetem, aceitar com confiança mudanças de rumo nas nossas vidas que jamais teríamos esperado.
A concentração em objetivos definidos tambem emite uma certa vibração (que pode ser chamada de programação neuro linguistica, visualização criativa ou outros nomes) e atrai através desta "trama de fundo" os eventos e objetivos que almejamos.

E é sempre bom estar disponível para um random chat, ou para ouvir as estórias que outras pessoas tenham para contar, porque de alguma forma surpreendente elas podem ter chaves para os nossos mistérios.

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