segunda-feira, 11 de maio de 2009

Dia das Mães

Eu tive três mães.... pode parecer estranho, mas é fato.
Minha mãe tinha 2 irmãs que não tiveram filhos, e como elas eram super unidas (se encontravam TODOS os dias) eu acabei criada pelas três. Foi lucro, porque eram muito diferentes uma da outra: da Tia Bela eu herdei o gosto pela leitura, pela Filosofia e debate, da Tia Carola eu herdei o amor por outras culturas e línguas, a ânsia de viajar para outros lados do mundo e de apreciar o belo. Da minha mãe Tereza eu herdei o cabelo avermelhado, uma verruguinha no lado do rosto, um gênio forte e muita garra, um pouco de talento para pintura e música, e sobretudo a impaciência. Me lembro dela (sargentão) falando vamos, vamos, e hoje me vejo falando da mesma forma com meus filhos...risos... na minha casa, criando 3 homens sozinha eu costumava dizer que eles não precisavam de mãe, precisavam de um sargento!
Das três, duas já me foram tiradas muito cedo, e eu cultivo o quanto posso a presença da Carolinha, minha mãe de plantão.

Maternidade é uma coisa muito diferente para cada mulher. Umas são mães por acidente, outras por planejamento, outras por circunstâncias, outras ainda por afinidade.
Há amigas que são mães da gente e mães que são amigas.
Há mulheres que não teem vocação para a maternidade e são execradas como se fossem aliens, enquanto há mulheres que acabam doidas porque precisam trabalhar muito e não dão conta de se dedicar o quanto gostariam aos filhos e acabam culpadas se entupindo de anti depressivos.

O grande milagre não é a maternidade, como os publicitários querem nos fazer crer, o grande milagre é que todos esses filhos sobrevivem e todos acabam criados, COM, SEM, ou APESAR das mães. Acho que este dia devia se chamar Dia dos Filhos, os sobreviventes.
Outro milagre é que, no fim, eles acham que nós, acidentadas, desorientadas, piegas, chantagistas emocionais, working girls com agendas malucas e outras patologias, fomos mães perfeitas...

Valha-me Deus, esse é que é o MILAGRE!

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